#55SP INDICA - MULHERES RADICAIS: ARTE LATINO-AMERICANA, 1960-1985

mulheres-radicais-pinacoteca.png
 

A exposição “Mulheres Radicais, Arte Latino Americana 1960-1985”, a partir de 18 de Agosto na Pinacoteca, é a primeira que explora as contribuições à arte contemporânea de mulheres da America Latina durante um período de extrema experimentação conceitual e estética na arte, e grandes conflitos políticos e sociais.

A mostra tem curadoria da historiadora de arte e curadora venezuelana britânica Cecilia Fajardo-Hill e da pesquisadora ítalo-argentina Andrea Giunta e é a primeira na história a levar ao público um significativo mapeamento das práticas artísticas experimentais realizadas por artistas latinas e a sua influência na produção internacional. Quinze países estarão representados por cerca de 120 artistas, reunindo mais de 280 trabalhos em fotografia, vídeo, pintura e outros suportes. A apresentação na capital paulista encerra a itinerância e conta com a colaboração de Valéria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca.

A exposição inclui obras de artistas emblemáticas como Lygia Clark, Ana Mendieta, Marta Minujín e Amelia Toledo— com  as obras  “As Paredes Têm Ouvidos” (1975), “Sorriso da Menina” (1976), essas obras foram feitas em gesso durante a ditadura militar no Brasil e também "Glu Glu" (1968) a icônica escultura em vidro soprado, com agua e espumante, foi originalmente concebida em 1968 a obra "Glu Glu",, é revisitada em 2018 pela 55SP. O trabalho é produzido para ser um múltiplo e ganha uma edição certificada e assinada de 50 exemplares.

 
"Glu Glu" (2018), Amelia Toledo

"Glu Glu" (2018), Amelia Toledo

 
 


Mulheres radicais aborda uma lacuna na história da arte ao dar visibilidade à surpreendente produção, realizada entre 1960 e 1985, dessas mulheres residentes em países da América Latina, além de latinas e chicanas nascidas nos Estados Unidos. Entre elas, constam na mostra algumas das artistas mais influentes do século XX — como Lygia Pape, Cecilia Vicuña, Ana Mendieta, Anna Maria Maiolino, Beatriz Gonzalez e Marta Minujín — ao lado de nomes menos conhecidos — como a artista mexicana Maria Eugenia Chellet, a escultora colombiana Feliza Bursztyn e as brasileiras Leticia Parente, uma das pioneiras da vídeoarte, e Teresinha Soares, escultora e pintora mineira que vem recebendo atenção internacional recentemente e também Amélia Toledo.

 
“Sorriso da Menina” (1975)  “As Paredes Têm Ouvidos” (1976)

“Sorriso da Menina” (1975)  “As Paredes Têm Ouvidos” (1976)

 

Escultora, pintora, desenhista e designer, Toledo começou sua trajetória no mundo artístico sendo aluna da Anita Malfatti, em 1939. Hoje ela é conhecida como uma das grandes artistas Brasileiras radicais que explorou questões políticas e sociais em seus trabalhos. Mas não é só o conteúdo simbólico de suas obras que à tornam radical, mas também o caráter experimental resultando do uso diverso de materiais.  

A exposição que já passou pelo Hammer Museum, Los Angeles, e Brooklyn Museum, NY,  sua  ficará em cartaz até dia 19 de Novembro, 2018 na Pinacoteca de São Paulo

 
 
Previous
Previous

33ª Bienal SP - Marlene Stamm

Next
Next

55SP X GUEST URBAN HOTEL